12 de maio de 2013

Apenas mais um desabafo...

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Porque trocamos nossos “bom dia” pelo costume de acordar um ao lado do outro? 
Caras feias, desmotivadas e cansadas evitam se olhar naquele que era o momento mais gostoso de ficar junto. 
Lembra como era no começo? 
Foi com você que aprendi o que dizer no café da manhã... 
Foi com você que meu corpo se acostumou no espaço da cama que nos cabia... 
Foi pra você que eu ri ao abrir meus olhos... 
Foi o seu cheiro que acalentou meu sono. 
Porque o tempo nos desgasta? 
Porque nos afastamos a cada dia que passa? 
Houve um tempo em que você trazia café da manhã na cama para mim...
Lembra do dia em que você pegou o celular escondido e tirou fotos dos meus olhos recém despertos a um novo dia? 
Em que canto do pequeno quarto deixamos cair nosso carinho? 
 Tiro os lençóis, afasto a cama, (re)arrumo o guarda-roupa, me abaixo e procuro por todos os cantos os nossos sorrisos. 
Como fomos tolos aos nos deixar perder assim e veja bem, o que nos resta agora? 
Eu aqui, toda chorosa querendo saber de ti e tu aí, não sei por onde, talvez nem ao menos pensando em mim. 
Nos machucamos com nossas tentativas... 
Nos magoamos, resolvemos tentar novamente, mas ambos, tanto eu quanto você carregamos ao nosso lado tudo aquilo que nos fez sofrer. 
Novamente descubro que o que destrói qualquer relação são as maléficas expectativas... 
Elas se esgueiram, chegam devagar, se plantam no sofá e quando nem percebemos já esperamos uma vida inteira do jeito que nem sabíamos que tínhamos sonhado. 
Amar é um jogo de azar no qual pomos nosso coração na mesa e arriscamos nossa alma sem nenhuma garantia de sucesso. 
Ahhh! Por favor, não me venha agora com esse papo de que quem ama de verdade ama sem pedir nada em troca. Somos humanos famigerados que mendigam diariamente pelo carinho e amor de qualquer coisa com a qual possamos nos iludir. 
Depositei confiança, esmero, ternura, atenção, dedicação e esperança. 
Depositei dias, agonias, alegrias e todos os meus melhores beijos. 
Mas começo a achar que apostei mais do que devia, que esperei mais do que podia ganhar e assim, vou, mais uma vez refazendo meus curativos.
Onde nos perdemos?
Por qual canto deixamos cair nosso amor?
Talvez se você me ajudasse a procurar tudo seria mais fácil.
Um pena.