31 de maio de 2011

Foo Fighters - Walking After You

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26 de maio de 2011

Para Amanda

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- Eu sinto saudades dos girassóis que me dedicavas. Eu olho pra meu pequeno príncipe e vem um monte de coisa boa em mente. Pois no dia de defender tua tese, farei o possível pra te ver. Nem ouso marcar nada contigo por agora, deves estar muito ocupada. Mas quero te ver muito em breve que a saudade não se aguenta mais em mim.





- Pois teus girassóis continuam a ser teus. Rego-os sempre, cuido deles com afagos sinceros e os adubo com lembranças doces de todos os risos que já foram dados. Todos os pequenos príncipes que vejo nas vitrines  me remetem a ti. Pequena menina que entrou em minha vida e fez de mim sua amiga. Agora és única no mundo... "Tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo" e assim meu mundo deixou de ser menos deserto no momento em que tu me cativou com os sentimentos mais sinceros e verdadeiros. Te falarei as horas que se reservarão para a defesa de minha Liberdade e lá, se os deuses me permitirem felicidade, comemoraremos o meu êxito com brindes e festas cheias de girassóis. Pois, bem sabes, os girassóis são flores que me perseguem, são almas que me marcam. Minha saudade também não se aguenta, "São bem bonitas as tuas lembranças" que guardo em meu coração saudosista."Trata de ser feliz"... ando aflita por abraços e meu espírito anda necessitado de pôr de sóis, pois vários são os dias em que ando triste e vou precisar de companhia de amiga, assim que o monstruoso tempo me deixar fugir de suas amarras, e nesse dia quero te encontrar cheia de sorrisos. Saudades...


#E é nesses dias fatalmente normais que me chega apenas uma mensagem "Tô com saudades", seguida por palavras que me fazem um carinho tão necessário que fico profundamente feliz de ter pessoas nas quais sei que posso acreditar. Minha amada Amanda "Tu és pura. Tu vens de uma estrela..." e por isso guardo-te em meu coração, amarrada em mim com fita vermelha de sentir e decorada com pétalas de girassóis. Te Amo amiga...
#Tua presença (mesmo que ausente) me fez muito bem!

25 de maio de 2011

(...)

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Trago lágrimas, sorrisos, histórias, abraços... trago momentos felizes, momentos de decepção. Carrego pessoas, amores e desamores, amigos e inimigos, desafetos, paixões... Não sou um livro aberto, mas também não tão fechado que você não consiga abrir, basta ter jeito, saber tocar as páginas, uma a uma, e descobrirá de que papel é feito cada uma delas...

Caio Fernando Abreu

Marco Zero II

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E naquele momento de angústia nem a cama resolve o cansaço de uma alma inquieta.
Certezas limitam o meu querer.
Traz um alívio? Traz, mas não sei ao certo se é alívio o que eu chamaria de contentamento...
Não sei até que ponto a certeza me proporciona felicidade,
Pois como pode a felicidade, algo tão incerto, ser certo para minha vã sensação?!
Acredito nas rachaduras no chão e vejo nelas a diversão do meu dia.
Em algumas coloco um pouco de cimento para não cair em abismos,
em outras, as deixo
livres para serem motivos de lembrança.

Me perco pelas bifurcações das ruas, não leio mapas corretamente e sei que meus passos nunca me darão a certeza de que faço naquele momento o que de fato é certo.
Ando a evitar certezas, elas não são perigosas, entende?!
E a falta de uma projeção futura me dá a necessidade de viver apenas esse instante-já.
Isso porque desisti de tentar fazer o futuro, nessa tentativa sempre feita de possibilidades ilusórias, eu sempre esquecia do que se encontrava em minha frente.
Ando cansada de certezas...
E ter todas as coisas em seu lugar, 
E ter o Não e o Sim já arrumados em cada canto,
E já saber que amanhã as horas já serão nas mesmas horas...
Tudo anda a me causar apenas desmotivação.
E preciso apenas de motivos para ser incerta, para me deixar roubar por qualquer perigo que me saiba levar.

# Texto inspirado no post Marco Zero, da adorável Rhanna, no blog Meninas Crescidas. 
Agradeço mais uma vez a inspiração! =) 

22 de maio de 2011

Registrando

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Não gosto de declarações de amor, nem de andar de mãos dadas o tempo todo, muito menos de beijos tórridos em público. Tenho pele sensível e uma singela carícia pode tornar-se cicatriz eterna. 
Não ligue todos os dias, não planeje vida a dois, nem filhos e nem anel. Não gosto de cachorro pequeno, não gosto de pessoas dependentes. Não tenho vocação para ensinar a viver e nem paciência para esperar crescer.
Não gosto de menino com desejo de menino.
Sou chata e quando trata-se de amor, sou egoísta também. Sabe aquela história de que os bonzinhos sempre se fodem? Bem meu bem, eu sou uma daquelas filhas duma puta que fodem com os bonzinhos, mas compreenda, a culpa não é minha, é desse coração vigarista que carrego no peito e gosta de viver na canalhice de olhos errados e perfumes amadeirados.
Sou menina com desejo de mulher e foi-se o tempo de relações cômodas, príncipes encantados e namoro no sofá.
Meus desejos são maliciosos e meus sentimentos vulneráveis.

19 de maio de 2011

(...)

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"Mas não vou ceder. Foi a última paixão. Paixão é o que dá sentido à vida. E foi a última. Tenho certeza absoluta disso. Agora me tornarei uma pessoa daquelas que se cuidam para não se envolver. Já tenho um passado, tenho tanta história. Meu coração está ardido de meias-solas. Sei um pouco das coisas? Acho que sim. Tive tanta taquicardia hoje. Estou por aí, agora. Penso nele, sim, penso nele. Mas não vou ceder. Certo, certo: ninguém tem obrigação de satisfazer ao teu desejo, pela simples razão de que você supõe que teu desejo seja absoluto. Foda-se seu desejo, ora. Me dói não ter podido mostrar minha face. Me dói ter passado tanto tempo atento a ele — quando ele nunca ficou atento a mim. E eu passei tanta coisa dura. Rita Lee canta “são coisas da vida…”"


Caio F.

17 de maio de 2011

Sensações

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De que é feita a minha pele?
De restos de abraços armazenados nos poros das lembranças suadas em tardes ensolaradas.
É uma pele feita por centímetros de olhares...
Fragmentos de beijos espalhados por pernas e braços...
Gotas de sorrisos nas mãos...

Pele construída no encontro com outras peles.

Pele com sinais que te mostram os caminhos a serem percorridos em noites de lençóis desarrumados.
Em dias de sol, sou pele com cheiro de maresia...
Brisa de mar que refresca a boca.
Em dias de chuva, sou pele com cheiro de sono...
Preguiça boa que espreguiça os corpos.
De que é feita a minha pele?
Do arrepio do banho gelado, ou do beijo no meio das costas, ou do vento que passa de surpresa na sala.
De que é feita a minha pele?
Da textura da lembrança que surge com o toque da saudade.

(...)

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Cometa bobagens. Não pense demais porque o pensamento já mudou assim que se pensou. O que acontece normalmente, encaixado, sem arestas, não é lembrado. Ninguém lembra do que foi normal. Lembramos do porre, do fora, do desaforo, dos enganos, das cenas patéticas em que nos declaramos em público. Cometa bobagens. Dispute uma corrida com o silêncio. Não há anjo a salvar os ouvidos, não há semideus a cerrar a boca para que o seu futuro do passado não seja ressentimento. Demita o guarda-chuva, desafie a timidez, converse mais do que o permitido, coma melancia e vá tomar banho de rio.

Mexa as chaves no bolso para despertar uma porta. Cometa bobagens. Não compre manual para criar os filhos, para prender o gozo, para despistar os fantasmas. Não existe manual que ensine a cometer bobagens. Não seja sério; a seriedade é duvidosa; seja alegre; a alegria é interrogativa. Quem ri não devolve o ar que respira. Não atravesse o corpo na faixa de segurança. Grite para o vizinho que você não suporta mais não ser incomodado. Use roupas com alguma lembrança. Use a memória das roupas mais do que as próprias roupas. Desista da agenda, dos papéis amarelos, de qualquer informação que não seja um bilhete de trem. Procure falar o que não vem à cabeça. Cantarolar uma música ainda sem letra. 
Deixe varrerem seus pés, case sem namorar, namore sem casar. Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar. Leve uma árvore para passear. Chore nos filmes babacas, durma nos filmes sérios. Não espere as segundas intenções para chegar às primeiras. Não diga “eu sei, eu sei”, quando nem ouviu direito. Almoce sozinho para sentir saudades do que não foi servido em sua vida. Ligue sem motivo para o amigo, leia o livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam para ser os outros em você. 
Transforme o sapato em um barco, ponha-o na água com a sua foto dentro. Não arrume a casa na segunda-feira. Não sofra com o fim do domingo. Alterne a respiração com um beijo. Volte tarde. Dispense o casaco para se gripar. Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto. Complique o que é muito simples. Conte uma piada sem rir antes. Não chore para chantagear. 
Cometa bobagens. Ninguém lembra do que foi normal. 
Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade.


Fabrício Carpinejar

13 de maio de 2011

PERGUNTAS

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"Quando a insanidade bate à porta… a gente faz coisas realmente sem pensar. O amor deve ter alcunha de insanidade. Fazemos coisas em nome dele.
E quando a pessoa se torna uma ausência? E quando essa ausência é virtual? 
E quando é sempre inverno? E quando esperar num tem mais fim? 
E quando o amor sufoca? E quando o tempo não passa?
E quando passa veloz demais? 
E quando a memória nos prega uma peça, fazendo a gente esquecer? 
E quando é ao contrário, quando tudo é só lembrança?
Não há mais nada que uma garrafa de vinho possa me fazer. 
Ela já causou os danos e as escritas mais penosas,
as respostas mais secas, as dores mais sólidas, as despedidas mais presentes.
E ele me diz assim: vou guardar nossas lembranças, onde quer que esteja. Vai nada! 
É… eu não acredito mais nas palavras. Nem nas dele. 
Porque sim, somos todas iguais:
eu igual às outras que passaram pela vida dele 
[todas passam!/não resisti à ironizar], 
os textos que foram meus que também foram delas e ele,
igual à qualquer outro canalha que passará na minha vida. 
Só não encontrei ainda um maior do que ele, para me enlaçar."


#Não se sobrevive sem amigos e entre surpresas, lágrimas, segredos e detalhes vamos cada vez mais nos descobrindo, tirando aqueles véus já transparentes e permitindo que os queridos olhos alheios nos vejam
um pouco mais.
Não posso mentir. Tento ser forte, superar essa apatia quieta em meu quarto fechado. Mas não posso negar, não sobreviveria sem meus amigos. 
Nem aquela que diz tudo que quero ouvir e chora com minhas lágrimas.
Nem a outra que me consome o juízo, mas me apóia em todas as escolhas.
Muito menos sem aquela que não reluta em falar a verdade, quando já sabemos mas ainda não assumimos.
Hoje agradeço a essa, leonina com ascendente em gêmeos, que definitivamente me me surpreende com seus conselhos e seu cuidado. 
Obrigada pelos meus/nossos sentimentos em tuas palavras.
Obrigada pelo acalento no coração. 



10 de maio de 2011

...

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"Preciso dizer neste momento, embora talvez não caiba aqui.
Ainda que me tenha isolado assim drástico,
Ainda que elabore dentro de mim e da casa pacientes,
Irrefutáveis justificativas para ter  cerrado as portas ao de fora,
o humano que afastei através dos vidros coloridos,
esse humano dói, palpita, ofega,
Tem ritmos suarentos fora de mim."

Caio F. Abreu
(O Marinheiro)

Meu cansaço

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E nesses dias de chuva o amanhecer insiste em continuar anoitecendo.
A cama, de lençóis amarelos desarrumados é o único sol entre essas paredes azúis-liláses.
Anda tudo tão desajeitado,
Por fora
Por dentro
Nas estantes e no espelho...
A chuva não ajuda em momentos de solidão,
e a lembrança, correndo que nem criança com pés na areia,
aumenta centímetros de saudades.
"Are you lost or incomplete?"
Incompleta
Definitivamente perdi alguns pedaços de mim e
cansa sentir como se precisasse deles novamente.
Preciso de novos retratos.



4 de maio de 2011

A Sombra do Mar

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Pretty Buttons"Saudade é quando os olhos procuram no vazio algo que se sabe que não vai mais encontrar. Saudade é quando você abre a porta e o cheiro ainda existe. É lembrar pra sempre do último abraço e das últimas palavras. É se arrepender de não ter dito. E se arrepender do que disse. Saudade é nunca mais voltar no tempo e ainda querer. É não existir mais o toque e ainda insistir. É não conseguir engolir, não conseguir respirar sem doer o peito. É não poder mais dividir coisas pequenas e indivisíveis. Não realizar mais milagres. Não querer mais ser o primeiro. Saudade é quando o amor não tem mais o barulho do beijo. E quando todos os espaços pequenos, ficam grandes demais."

Camila Heloíse

#Gente indico o Blog A SOMBRA DO MAR... Garanto que vocês se deliciarão ao ler os textos maravilhosos da poética Cáh. 

1 de maio de 2011

Sem Título 1

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O relógio marca 23h09 e nesse exato momento necessito urgentemente de carinho.
Lá fora chove a chuva que foi prometida durante todo o dia de espera.
O corpo relaxa na cama e sonha com um amor inundado pelas gotas torrenciais em meio a rua vazia.
O telhado, de telhas, deixa passar pelas frestas os pingos gelados.
A pele sente a dança da água na quase madrugada de uma noite a mais com a cama vazia.
E é nessa solidão que a saudade passeia livremente, como cílios perfumados, pela nostalgia despida do meu rosto. Nudez indecente, que provoca e implora por um desejo essencial.
Já marca agora 23h40 e os olhos cansam e os braços se enlaçam e o lençol abraça até a cabeça descansar no travesseiro.  
O corpo anda cansado de sentir e entre suas necessidades, há a vontade de existir.
Já são 23h48... 49...50...51...
Já são horas de descansar os delírios, deixar quieto os sorrisos e dormir pra sonhar.


“O rosto está exposto, ameaçado,
como se nos convidasse a um acto de violência.
 Ao mesmo tempo, o rosto é o que nos proíbe de matar”. 
(Lévinas)