15 de agosto de 2011

Profanações

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Ainda passeiam pelo mundo terreno Deuses fingindo-se de humanos?
Apolo passou ali, 
chamou os olhos de todas as ninfas, 
despertou o desejo de todos os elfos e 
deliciou as humanas criaturas com o perfume pagão de sua beleza.
Sua língua passeava, sem timidez, pelo pescoço suado.
O sal dos corpos pediam álcool, mais álcool sempre, para que toda libido ali existisse.
As bocas se comiam em meio a multidões de olhos que queriam aqueles lábios.
Se as mãos que pertenciam a ele um dia quiseram roçar a superfície do frágil corpo dela, aquele era o momento.
Inapropriado momento em que mãos, desinibidas, pressionavam cinturas, nádegas, coxas e todo o espírito de tentação que residia nesses corpos sedentos por sexo.
Sexo... Pura vontade de matar aquele tesão que deixa a boca seca.
A língua passava pelos lábios, pelas pernas, pelo peito e umedecia, com choque térmico, todo aquele calor.
Era um corpo de Deus, torneado nos mais preciosos detalhes que um homem mortal pode ousar ter.
As mãos dela, mãos danadamente curiosas, não resistiam em tocar ele, marcar as costas com unhas roxas, sentir os músculos, os pelos, o cheiro e fechar os olhos para ter como sensação cada pedaço daquela luxúria.   
Era um efusão de sensações, um querer antigo que assim, ao acaso, acabou num quarto de gozos.
Meu Deus, como tens a audácia de fazer para o mundo algo tão belo?
Como podemos nós mulheres resistir a toda soberania que pulsa desse corpo? 
Esse único soldado, de mãos tão sedutoras, olhos tão cafajestes e pernas, coxas, bunda e barriga tão perfeita merece, com toda a glória de merecimento, um exército de prazeres.
Qual mulher não se subjuga diante de Apolo? 
Santas e putas oferecem a cara para que seja batida, os cabelos para que sejam puxados e o corpo para que seja profanado por todas as horas de um delírio.
Que corpo resiste ao arrepio de sua barba, aos tremores de sua língua, aos sussurros e gritos do seu prazer?
Pois então, que sejam minhas as suas profanações...
Leia-me toda, invada meus pensamentos,
surja pela noite por debaixo de meus lençóis.
Passeie pelo meu mundo com seu jeito despretensioso.
Me olhe querendo me paquerar.
Dance e roube minhas vergonhas.
Seja o Apolo desse corpo sem deus,
Seja o sorriso canalha de todos os arrepios.

Para as solteiras(os) que por aqui passar, desejo que hoje, 
no "Dia do Solteiro" vocês tenham o imenso prazer de esbarrar com Apolo. 
#FicaDica!

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1 comment

1 de setembro de 2011 às 11:33

ousado! Incrivel!