8 de julho de 2010

Meu Versal

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Por onde andam minhas palavras?
Quais pés passaram por aqui?
Senti saudades...
Sua imagem veio junto àquela tarde em que brincávamos de nos amar no sofá.
Entrei, sem querer, em uma máquina sem tempo e por 4 segundos fiquei presa em teus braços.
Não via nada, a não ser teus olhos. Estes me viam, reviam e me olhavam.
Teus olhos transparentemente gelados, olhos parados, calados, iletrados.
Tratei de te esquecer.
Bastam 4 segundos.
Ando a achar que isso é muito para ti, mas o dia também anda a ser cruel e cheio de livre arbítrio.
Às 16 h teu cheiro invadiu minhas lembranças e não consegui pensar em ti por tão pouco tempo. 4 segundos não me bastaram, como sempre precisei mais de um pouco de você.
Fiquei a sentir-te em meu nariz até o vento, inconstante transeunte de minha pele, passar e te levar com brisa.
Concluo que sinto saudades.
E concluo também que de saudades suas vou viver.
Não adianta tentar esquecer, isso piora, prefiro aquietar-te em mim.
Deixar-te aqui entre as minhas coxas, beijando meus lábios e suspirando a cada pedaço do corpo meu quiseres beijar.
Minhas palavras, as mais poéticas, as mais tolas e as mais sinceras, andam por você e não tenho como as apagar. Usei tua pena emprestada e mal sabia eu que tua tinta não apagava e ao escrever em ti, manchei minhas mãos, jovens mãos desacostumadas com tais maneiras de amar.
Sinto saudades ponto basta!
Ainda te amo, mas já não preciso mais de você. 
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