5 de fevereiro de 2012

Minha Insanidade

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O que os olhos não veem, o coração não sente, mas a mente imagina...
Desligo o telefone e jogo na parede com vontade de quebrar qualquer coisa que sirva para passar essa raiva.
As lágrimas me dilaceram o rosto como há tempos não acontecia....
A dor me contorce na cama querendo rasgar os lençóis.
Falta voz para gritar, falta ar para sobreviver há mais um desespero de não poder ter o que se quer.
Nossas mãos se distanciam por sua culpa...
Pois a culpa há de ser de alguém e hoje não é minha, que tudo fiz para o amar com a dedicação que eu nem sabia que tinha.
Não há de ser destino essa sina de amores impossíveis.
Não pode ser premissa verdadeira essa história de que um amor é regado pelas lágrimas que ele provoca.
Não, não não...
Por favor olhos, parem de chorar. 
Quantos desvãos ainda existem pelo meu caminho?
Foi tudo insanidade e agora me resta a vontade de rasgar essa pele que guarda a lembrança do cheiro dele.
Quero destruir esse carinho que me machuca.
Queria apenas encontrar alguém que cuidasse de mim.
Se cuida, pois hoje paro, portanto, de cuidar de você, que não merece tanto cuidado.
Paro de cuidar de você que não me reconhece, pois talvez eu realmente não seja nada além de amiga.
Mas foda-se meu bem... Não quero ser amiga, o que eu quero é outra coisa. 
Você nunca viu em meus olhos os traços de paixão e afeto que dediquei todos os dias e noites para curar tuas dores.
Talvez, nunca você tenha me olhado de verdade.
Ou você acha que não tenho sentimentos?
Ou você acha que não está doendo como navalha que sangra a pele?
Ou você acha que é fingimento essa falta de ar causada pelas lágrimas?
Me diz o que é que você acha?
Não, não me diga.
Dizem que as pessoas passam nas vidas umas das outras deixando e levando lembranças.
Vim, passei, arrumei, ajudei, limpei, cuidei, reconstruí e me destruí.  
Não medi os efeitos colaterais de tamanha felicidade.
Mas sempre há os contras de todos os prós não é?!
Pois que assim seja...
Espero que amanhã, depois que as lágrimas secarem, isso tudo tenha valido a pena.

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1 comment

23 de fevereiro de 2012 às 14:20

"Acho que amor é um pouco isso, tapar os buracos dos outros" dái dpeois vem alguém e tampam os nossos... tampam mesmo? Adorei o texto! "Transformar histórias tristes em poesia"