Nós éramos hedonistas...
Buscávamos prazer um no outro, entre cabelos e pernas, olhares e recordações.
Mas a carne não é tudo, nunca foi.
Se houve amor, foi amor de verdade no dia que foi.
E naquelas camas por aí, os lençóis sentiam o prazer espiritual que equilibrava o meu corpo ao teu e me fazia voltar ao meu lençol com alma de amante...
Eu estava com saudade da sua voz.
E ouvi-la, assim, sem ser você falando pra mim, não perdeu o encanto.
Mesmo velha, a voz é a mesma.
E o sorriso, sarcástico e debochado saiu destampando todos os potes que guardavam os nossos encontros.
É... De fato é lindo lembrar de você, pois nas lembranças os beijos são mais meus, os braços são mais abraços e os olhares são de amor.
Na lembrança exala ilusão...
Mas não soubemos nos amar, então recolho-me ao meu fracasso.
Não somos treinados a suportar frustrações!
Não, não somos. Mas aprendemos com as tristezas.
Esqueço-te aos poucos, horas em pequenas doses, horas em litros descabidos.
Mas esqueço... e vou esquecendo... e vou esquecer.
# Pessoas estou a caminho do Rio de Janeiro. Férias e Trabalho.
E que esse janeiro me traga um hedonismo auto-sustentável!
2 comments
Lindas palavras!! Lembraças é algo esécial mesmo!!! Tudo fica amis bonito nelas!!
"Esqueço-te aos poucos, horas em pequenas doses, horas em litros descabidos".