22 de janeiro de 2012

A Questão é Reciprocidade

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Olha a vida que te cerca e me diz se tá valendo a pena.
Os dias que se sucederam foram preenchidos por quais líquidos?
Há muita chuva nesse verão e as voltas para casa me encharcam e me gripam com uma preguiça de lutar por causas vãs.
Sabe, pintei as paredes do meu quarto de vermelho, enchi de fotos antigas cheias de sorrisos empoeirados e pendurei minha luminária japonesa que há meses andava perdida pela estante. Junto a isso, a trilha sonora do meu marasmo anda sendo modificada, pois há, sinceramente vagando por aqui, uma necessidade de renovação.
Apesar de algumas tristezas, poucas raivas e uma certa dose de melancolia, as coisas vão amadurecendo e depois das faxinas feitas vi o lixeiro cheio de migalhas dos amores que me foram dados.
Cinco anos e alguns poucos beijos... 
Não reclamo da "inesquecibilidade" desse pouco amor, por menor que tenha sido, foi, apesar de ausente, intenso e desenhado com cores lindas. 
Mas convenhamos, migalhas não anchem a barriga e a fome, que acha bonito se mostrar como bruta, nos desespera numa comiseração de desejos insaciáveis. 
Portanto, meu bem, a questão de tudo isso passeia nos terrenos da reciprocidade de nosso tempo. 
Digo mais, não só de tempo somos feitos, mas também da reciprocidade de nossas vontades, expectativas e disponibilidades.
Em relações afetivas, placares desiguais acabam por desgastar qualquer carinho que tente existir. Posto isso, o que você escolhe pra sua vida minha querida?
Amar sem ser amada?  Ou quem sabe ser amada e não amar? *




*Preciso de reciprocidade em nossos sentimentos.
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