12 de junho de 2011

Febre

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Se fôssemos qualquer outra coisa além de nós?
Pelas ruas andam memórias e em supostos encontros vamos aos poucos guardando sorrisos.
Perdi o gosto de damascos que guardei por longo tempo...
Esqueci dos livros que rodeavam as paredes e lembrei daquela tarde na praia em que esperei pela mensagem  talvez trazida pelo mar.
As gotas vão se acomodando na terra que se molha e o corpo se lança cada instante mais preguiçosamente na rede estendida na varanda.
Os livros de filosofia continuam sendo os únicos a serem lidos,
E nesses tempos espera-se apenas o pôr do sol e o perfume de flores que vem do jardim.
Há dia em que o coração é cheio de vontades e grita e se despedaça e rasga e amassa as cortinas que a razão insiste em armar.
Mas façamos silêncio para ver se assim, quem sabe, essa angústia passe e possamos descansar.


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